Depois de a ala mais radical do Syriza ter ameaçado chumbar as medidas do governo, o primeiro-ministro grego encontra-se ainda hoje com os credores internacionais para tentar esbater divergências e evitar que um acordo falhe na reunião do Eurogrupo.
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Os credores consideram que a proposta grega exagera nas medidas de aumento da receita e na equipa de especialistas há quem alerte que, por esta via, a consequência será um agravamento da recessão na Grécia, sugerindo que os resultados deve ser alcançados por cortes na despesa.
O FMI sugere a redução dos gastos com as pensões e o aumento do IVA na restauração. Mas entre os membros da troika também existem divergências. Funcionários europeus acusam o Fundo Monetário Internacional de não estar verdadeiramente interessado em alcançar um acordo. O FMI considera que Bruxelas poderia ser mais exigente com Atenas.
Para conseguir um acordo, o governo grego vai ainda ter que apresentar apresentar uma lista com as acções prioritárias para aplicar no país.
Alexis Tsipras encontra-se ainda hoje com Cristine Lagarde, Mário Draghi e Jean-Claude Juncker para tentar suavizar as divergências que ainda impedem um entendimento.
O clima em Bruxelas é de esperança, com manifestações de optimismo ao mais alto nível.
É preciso aguardar até ao final do dia para saber se este optimismo se traduz num acordo entre Atenas e os credores.