Críticas internas contra Rajoy avolumam-se após novas informações sobre contabilidade de PP
A líder do PP em Madrid e a porta-voz do PSOE lembraram que a questão tem de ser esclarecida. Já o ministro da Economia entende que o escândalo das contas do partido do governo não afeta a credibilidade do país nos mercados.
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As críticas ao líder do PP espanhol são cada vez mais generalizadas dentro do partido do governo em Espanha por causa de mais algumas informações que surgiram esta terça-feira sobre a contabilidade secreta do partido.
Após de o El Mundo ter pela primeira vez relacionado diretamente o escândalo das contas do partido a pagamentos feitos a Mariano Rajoy entre 1997 e 1999, a líder do PP de Madrid diz que estas irregularidades devem ser reconhecidas e explicadas.
«Se houve irregularidades no financiamento, temos de as reconhecer, explicá-las e apresentarmo-nos perante os cidadãos com toda a sinceridade e limpeza», notou Esperanza Aguirre.
Idêntica posição teve a porta-voz do PSOE que perguntou se Mariano Rajoy «recebeu pagamentos externos à sua retribuição oficial como membro do Governo» e se o atual primeiro-ministro espanhol «disse a verdade quando negou publicamente ter recebido estes pagamentos».
«Se cobrou indevidamente quando era ministro e se mentiu sendo presidente não pode continuar a governar Espanha», concluiu Helena Valenciano.
Por seu lado, o ministro espanhol da Economia este escândalo político não afeta a credibilidade do país nos mercados financeiros, tendo Luís de Guindos recorrido à sua experiência de analista para lembrar que a «bolsa espanhola voltou a subir».
«E o Tesouro anunciou esta tarde a venda de títulos a 15 anos e isso supõe a confiança dos mercados em Espanha e na estabilidade política em Espanha», garantiu.