Criança, filha de traficante procurado pela polícia, julgava que eram rebuçados. Nenhum aluno apresentou sintomas de intoxicação pela substância
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Uma professora da escola Municipal Mariana Silva Guimarães, na cidade de Itamonte, estado de Minas Gerais, apanhou um susto quando uma criança reclamou do sabor amargo do rebuçado que lhe foi entregue por uma colega. Ao verificar o “rebuçado”, a docente percebeu que se tratava de um papelote com cocaína.
A menina, que distribuiu a droga pela turma acreditando serem docinhos, contou depois aos assustados professores que encontrou as embalagens na mochila do pai. Ele é um traficante perseguido e foragido da polícia. Para preservar a menina, a imprensa não divulgou a identidade do criminoso.
Imediatamente, o aluno que se queixou do gosto do suposto rebuçado foi levado para o hospital Santa Casa de Itamonte para exames. Nem ele, nem nenhum dos colegas, entretanto, apresentou qualquer sintoma de intoxicação na urina, segundo o laboratório Oswaldo Cruz em Taubaté, estado de São Paulo, que colheu os resultados. Por isso, todos tiveram alta logo após o atendimento médico.
Avisada pela direção da escola, a polícia encontrou 16 papelotes, sete ainda lacrados e nove com conteúdo parcialmente consumido.
Porém, ainda antes de chamarem as autoridades, os professores informaram o pai da criança, que, ao inteirar-se do que se passara, pagou alguns dos papelotes e fugiu.
A direção da escola desconhecia que ele tinha cadastro criminal por tráfico de droga. Agora, responde, além desse crime, por colocar em risco a integridade de menores.
Um irmão dele, tio da menina, foi mais tarde à escola tentar recuperar a droga, discutiu com as professoras e acabou detido por desacato.
O Conselho Tutelar ainda avalia quais medidas tomar para garantir a segurança da criança.
