Influencer que vende conteúdo sobre psicologia pode ter comprado curso numa empresa de golpistas, acusa Conselho de Psicologia de São Paulo
Corpo do artigo
Quer ser advogado? Engenheiro? Fisioterapeuta? Agora, no Brasil, em 72 horas obtém o diploma que pretender.
O milagre acontece por intervenção de um grupo de especialistas em falsificação de documentos que opera na internet e foi apelidado “Fábrica de Diplomas” pelo jornal Metrópoles, que se fez passar por cliente e revelou a fraude.
“Temos quatro universidades espalhadas pelo país”, dizem os criminosos, “basta escolher a do seu agrado” (as instituições de ensino, sublinhe-se, são vítimas e não cúmplices da fraude).
No fundo, a tal “Fábrica de Diplomas” tem um mote idêntico ao das faculdades verdadeiras – oferece “cursos de graduação” que permitem “uma oportunidade única de aprimorar os seus conhecimentos, melhorar as suas perspetivas de carreira e alcançar os seus sonhos”. O detalhe, que a torna muito mais apetecível do que as escolas verdadeiras, vem no final – “tudo isto sem esforço”.
De acordo com os golpistas, os diplomas incluem já certificados de estágio e de conclusão do trabalho final de curso.
Os clientes do golpe só têm de pagar uma taxa de matrícula para realização do processo na ordem dos 2,6 mil reais, ou seja, 430 euros. O passo seguinte é receber os diplomas pelo correio.
O caso, que é de março, voltou ao noticiário agora porque a suposta psicóloga Gabriela Sayago, dona de um perfil no Instagram com 70 mil seguidores, ao que tudo indica, ostenta um diploma comprado naquela fábrica, de acordo com o Conselho Regional de Medicina, de São Paulo.
