Crónica Acontece no Brasil. Quadrilha usava "idosos de aluguer" para enganar Governo
Grupo, que se dividia em núcleos de falsificadores, movimentou cerca de 3,5 milhões de euros em pensões de reforma e outros benefícios
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Uma quadrilha de burlões movimentou, pelo menos, 20 milhões de reais (cerca de 3,5 milhões de euros) em benefícios estatais obtidos de forma ilegal.
O grupo criminoso, organizado com sofisticação, tinha um núcleo responsável por falsificar documentos públicos, como certidões de nascimento, cartões de identidade, títulos eleitorais e números fiscais, outro encarregado de abrir contas bancárias e um terceiro dedicado a criar identidades fictícias de idosos em idade de reforma.
Mas os “idosos de aluguer”, como foram chamados na imprensa brasileira, existiam mesmo e faziam parte do esquema. Emprestavam fotos e impressões digitais aos falsificadores para dar uma aparência de legitimidade ao esquema e eram pagos pela participação.
Agentes da polícia federal do Distrito Federal, ou seja, da região da capital Brasília, fizeram então a Operação Melhor Idade, expressão que no Brasil equivale à portuguesa “terceira idade”, nas últimas semanas de janeiro e já em fevereiro.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, uma prisão e seis medidas cautelares contra os integrantes do grupo, não só no Distrito Federal, como nos estados de São Paulo, de Goiás e do Piauí.
Os líderes respondem pelos crimes de associação criminosa, fraude, lavagem de dinheiro e outros.
Foram ainda identificados 21 “idosos de aluguer”, que podem responder por cumplicidade.
