Polícias disfarçados, como se fossem foliões, é a nova moda para investigar furtos carnavalescos em São Paulo
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Um ladrão de telemóveis – ou celulares, como se diz no Brasil – foi preso com dois aparelhos acabadinhos de furtar no meio de um bloco de Carnaval, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo.
Mas até aí não teríamos notícia porque, infelizmente, assaltos e respetivas prisões no Brasil são comuns, mais ainda em momentos de aglomeração como os festejos do Carnaval.
O que distinguiu esta prisão foi a indumentária dos três polícias. Um estava vestido de Super Mario. O outro de Luigi. E um terceiro de Yoshi.
Mario é um personagem fictício da série de jogos eletrónicos da empresa japonesa Nintendo. Luigi é o irmão de Mário. Ambos são canalizadores de profissão. E Yoshi é o dinossauro antropomórfico que lhes serve de mascote.
Os polícias, mascarados de Mario, Luigi e Yoshi, surpreenderam os membros do bloco Galo da Madrugada que festejava o Carnaval na maior cidade brasileira, ao imobilizarem, prenderem e algemarem o tal ladrão por entre os pulos, as músicas e as serpentinas.
A detenção, que fez parte da Operação Carnaval, voltada para o furto e roubo de telemóveis nas festas, começou dias antes e prosseguiu dias depois. Na semana anterior à ação de Mario, Luigi e Yochi, foi a vez de um polícia vestido de padre prender outro ladrão na região da Consolação, no centro da cidade.
Para 2026, os disfarces dos agentes vão continuar, mas, como este ano, sempre sob sigilo para não alertar os ladrões. São necessárias, entretanto, roupas largas, como as de Mario, Luigi e Yoshi para esconder armas e algemas.
Este ano foram registados 880 roubos e furtos de telemóveis em São Paulo, menos 62% do que em 2024, graças, também, à tática dos disfarces.
