João Pedrosa decidiu ficar na cidade chinesa que foi o epicentro do novo coronavírus. Agora, escreve no site da TSF sobre o estranho dia a dia em Wuhan.
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O terceiro dia consecutivo sem novos casos está a trazer alguma confiança aos moradores da minha comunidade e alguns, não muitos, começaram a sair à rua e a desfrutar dos jardins que existem.
Os portões do bairro ainda permanecem encerrados, só se abrem para os que possuem os devidos certificados de saúde e trabalho, irem trabalhar nas instituições publicas ou empresas consideradas essenciais.
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Desde o passado dia 18 de marco que as autoridades comunicaram que os moradores das comunidades de Wuhan, designadas como "livres de infeção", estão autorizados a desenvolver atividades pessoais dentro dos blocos residenciais duma forma escalonada.
Concentrações de pessoas não são permitidas.
Fora dos portões já é possível identificar algum movimento de veículos, mas o trafego ainda é muito reduzido.
As áreas rurais de Wuhan, consideradas como livres do vírus, podem retomar as suas atividades normais. O transporte de produtos agrícolas é incentivado.
Nas comunidades residenciais qualificadas como "livres de infeção" há mais de uma semana, para alem dos residentes terem um maior grau de liberdade para realizar as suas atividades, as lojas de conveniência, parafarmácias e minimercados estão também liberados e, podem reiniciar os seus negócios, desde que cumpram com os devidos requisitos de saúde e higiene.
Reuniões públicas ou domiciliares não são permitidas.
Embora se sentindo alguma tensão no ar e, um obvio receio, a vida começa a dar alguns passos.
Mantenham-se seguros e saudáveis!
João Pedrosa em Wuhan (21 de março de 2020)