João Pedrosa decidiu ficar na cidade chinesa que foi o epicentro do novo coronavírus. Agora, escreve no site da TSF sobre o dia a dia em Wuhan.
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Eram 10 da manhã neste sábado, dia 4 de abril de 2020, quando os ares de Wuhan se encheram de sons de sirenes e buzinas de automóveis durante três minutos.
Por todo país, as bandeiras nacionais foram descidas a meia haste.
A China iniciou assim a celebração de um dia de luto nacional, em tributo a todos aqueles que morreram vitimas do surto do novo coronavírus.
Todas as atividades recreativas no pais foram suspensas.
Catorze pessoas que morreram no combate ao surto da Covid-19 na província de Hubei, foram homenageadas como "mártires".
Os seus nomes são os seguintes: Wang Bing, Feng Xiaolin, Jiang Xueqing, Liu Zhiming, Li Wenliang, Zhang Kangmei, Xiao Jun, Wu Yong, Liu Fan, Xia Sisi, Huang Wenjun, Mei Zhongming, Peng Yinhua e Liao Jianjun.
São descritos como exemplos para os médicos e todos trabalhadores da primeira linha da batalha ao surto do novo coronavírus.
"Mártir" é o titulo honorário mais elevado que a China concede a todo aquele que sacrifica corajosamente a sua vida pela nação, pela sociedade e pelo povo.
Até agora morreram do surto 45 profissionais médicos, quer por terem sido contagiados com o vírus enquanto tratavam pacientes infetados, mas também devido a outros acontecimentos ou acidentes.
Os vírus não marginalizam ninguém.
Atacam qualquer um, independentemente da sua idade, do seu género, da sua raça ou nacionalidade.
A pandemia do coronavírus invadiu a nossa humanidade e destruiu todos os nossos paradigmas.
Faz nos lembrar daquilo que nos deve unir como ser humanos.
Que devemos dar lugar à compreensão e ao apoio mútuo, neste mundo cada vez mais interligado.
Mantenham-se seguros e saudáveis!
João Pedrosa em Wuhan (4 de abril de 2020)