Depois de uma longa guerra fria as relações entre Estados Unidos e Cuba entram no Verão. As representações diplomáticas nos dois países abrem ainda este mês e Obama já pediu ao Congresso para acabar com o embargo a Cuba.
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"Não podemos manter o futuro de Cuba refém do que aconteceu no passado. É disto que se trata" afirma o Presidente norte-americano, "uma escolha entre o futuro e o passado". Num discurso proferido esta quarta-feira Obama afirmou que "norte-americanos e cubanos estão preparados para seguir em frente. Está na altura do Congresso fazer o mesmo".
Obama afirma que já pediu ao Congresso para tomar "medidas para levantar o embargo que impede os americanos de viajar e fazer negócios em Cuba".
Com os países a trabalhar para o levantamento do embargo avança também o estreitar das relações diplomáticas.
As autoridades cubanas anunciaram que a reabertura de embaixadas em Washington e em Havana está prevista para "a partir de 20 de julho". Raul Castro confirmou a abertura da embaixada cubana nos EUA, numa carta enviada a Obama, informou a televisão estatal da ilha.
As relações diplomáticas entre os dois países estavam suspensas desde 1961, após uma decisão do presidente norte-americano John F. Kennedy, na sequência de uma aproximação dos revolucionários castristas com a URSS e a confiscação dos bens norte-americanos.
Desde 1977, os dois países, separados apenas pelo estreito da Florida (sudeste dos), estão representados apenas através de secções de interesses em Washington e Havana, encarregadas de tarefas consulares.
A reabertura de embaixadas segue-se ao anúncio histórico, em dezembro, de uma reaproximação entre estes dois países, após mais de cinco décadas de hostilidade e desconfiança.
No final de maio, Washington levantou o principal obstáculo ao restabelecimento de relações diplomáticas, ao retirar Cuba da "lista negra" norte-americana de Estados que apoiam o terrorismo.