"Protejam-se." Zelensky contabiliza 85 mísseis e aconselha população a procurar abrigos
Estes ataques têm condicionado o fornecimento de eletricidade em várias partes do país nas últimas horas.
Corpo do artigo
O Presidente da Ucrânia revelou, num vídeo partilhado no Facebook, que foram lançados, ao todo, 85 mísseis e avisa a população de que os ataques podem continuar, por isso é importante que as pessoas procurem os abrigos. Além disso, Zelensky assegura que o país vai sobreviver.
"Podemos ver o que o inimigo quer, eles não serão bem sucedidos. Por favor, protejam-se. Fiquem nos abrigos durante algum tempo. Sei que os bombardeamentos têm causado cortes de energia em muitas cidades do nosso país, estamos a trabalhar para as restabelecer. Vamos aguentar", afirmou Zelensky.
Há um mês, a 10 de outubro, os militares ucranianos relataram 84 ataques com mísseis, o número mais elevado num único dia até esta terça-feira. Esses ataques perturbaram também o fornecimento de eletricidade a cerca de um terço dos consumidores em toda a Ucrânia.
15354336
Esta terça-feira, pelo menos uma pessoa morreu na capital da Ucrânia, Kiev, quando esta foi bombardeada com mísseis russos, o que se verificou também noutras cidades do país, como Lviv (oeste) e Kharkiv (nordeste).
O presidente da câmara de Kiev, Vitaly Klitschko, indicou que pelo menos três mísseis russos atingiram edifícios residenciais.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que esta terça-feira entrou no seu 265.º dia, 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.