
Yves Herman/Reuters
O presidente deposto da Generalitat diz não estar em Bruxelas para "fugir à justiça". Afirma, pelo contrário, que a intenção é "clamar por justiça" junto da comunidade internacional.
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Carles Puigdemont emitiu esta noite um comunicado, a partir de Bruxelas, no qual se assume como o presidente do "governo legítimo" da Catalunha. No texto, que circulou por mail e pela rede social WhatsApp, Puigdemont garante que não pretende "iludir a justiça", mas denunciar a a democracia espanhola.
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Puigdemont denuncia a também a "falta de garantias" do sistema judicial, que "persegue" para "punir ideias políticas", deixando entendido que ele e os outros quatro ministros regionais, que estão na Bélgica, não vão comparecer perante o Supremo Tribunal de Madrid, por considerarem que estão perante um "julgamento político", no qual são pedidas penas que consideram "desproporcionadas", só comparáveis às aplicadas a "crimes de assassinato ou terrorismo".
Neste comunicado em que assumem a continuidade do que classificam como o único governo legítimo, referem-se às "sentenças de prisão que os esperam como uma denúncia da situação da democracia que se vive no Estado espanhol e como um grito pela liberdade do povo".
No texto, Puigdemont garante que nem ele nem os ministros regionais estão em Bruxelas para "fugir à justiça". Afirma, pelo contrário, que a intenção é "clamar por justiça" e fazer esta "denúncia à comunidade internacional".
Puigdemont admite dar resposta à notificação do tribunal, prestar declarações, mas através dos "mecanismos que estão previstos na União Europeia, para estas circunstâncias".
Esta manhã, o advogado belga de Carles Puigdemont afirmou que o presidente deposto da Generalitat não compareceria na Audiência Nacional, nesta quinta-feira, admitindo poder vir a requerer uma audição por teleconferência.