Um dos três espiões cubanos libertados pelos Estados Unidos na passada semana foi recebido na ilha e encontrou a esposa grávida. Gerardo Hernandez não estranhou e sabe-se agora porquê. Os Estados Unidos autorizaram o espião a doar esperma para que a esposa fosse inseminada artificialmente.
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A inseminação foi feita à distância enquanto Gerardo Hernández ainda estava preso. A confirmação partiu do Departamento de Justiça norte-americano que respondeu às questões da Agência Efe. «Podemos confirmar que os Estados Unidos facilitaram o pedido da senhora Hernández para ter um bebé com o seu marido», detalhou um porta-voz do Departamento de Justiça em comunicado enviado à Efe.
O pedido foi transmitido ao governo do presidente Obama pelo senador democrata Patrick Leahy. O senador procurava melhorar as condições dos prisioneiros americanos detidos em Cuba e encontrou nesta via uma forma de Havana aliviar as tensões com os Estados Unidos. A facilitação da inseminação aconteceu dentro do ambiente que permitiu o acordo histórico anunciado na semana passada por Obama e pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, para iniciar uma normalização das relações diplomáticas bilaterais, rompidas desde 1961.
Esse acordo levou à libertação de Hernández e dos outros dois agentes do grupo de "Os Cinco" que ainda estavam presos nos EUA em troca de outro espião preso em Havana que trabalhou com os americanos.
Nas fotografias tiradas sábado na homenagem aos "Cinco" no parlamento cubano é possível ver o casal Hernández sorridente e Adriana em avançado estado de gravidez.
Segundo o jornal "New York Times", o esperma de Hernández foi levado para o Panamá e terá sido aí que a sua esposa foi inseminada. O bebé deve nascer dentro de quinze dias.