Partido sustenta que "há muitas assembleias onde não se cumpriu a lei" e que os resultados apurados não coincidem com dados que a UNITA dispõe.
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A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) admitiu, em declarações à TSF, que pondera impugnar as eleições gerais, defendendo que os resultados avançados, e que dão a vitória ao MPLA, não "correspondem à realidade".
"A última vez que deram informações, tinham escrutinado 36% de atas apenas e davam o MPLA à frente, a UNITA em segundo, em terceiro o PRS (...) São dados que, pelo menos em relação aos que temos de Luanda, não correspondem à realidade", disse a vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA que, quando questionada pela TSF se o partido coloca em cima da mesa a hipótese de impugnar as eleições, responde: "Claramente".
Mihaela Webba sustenta que "há muitas assembleias onde não se cumpriu a lei".
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"A ata simples da assembleia não foi afixada para os cidadãos terem conhecimento dos resultados", diz, defendendo que, por exemplo, na assembleia de voto onde o presidente João Lourenço votou, "a UNITA ganhou nas cinco mesas na Universidade Lusíada de Luanda", ou seja, "no coração do centro do poder em Angola".
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A responsável garante ainda que a informação sobre os detidos é falsa, assim como também é mentira a notícia sobre supostas atas falsas da UNITA.
"Essa notícia foi dada às 13 horas pela televisão pública de Angola e as mesas de voto encerram às 16 horas e as assembleias às 17 horas e só depois é que é produzida a ata e quem a produz é o presidente da comissão da assembleia de voto. É uma situação que está a ser aproveitada para dizer que as atas que a UNITA está a recolher são falsas. É desinformação", acusa.
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As quintas eleições gerais em Angola perpetuaram a disputa entre os dois principais partidos do país, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, Governo) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, oposição), que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.
João Lourenço, atual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA.
Segundo dados provisórios avançados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana, o MPLA (poder) mantém vantagem, com 52,8% das votações, seguido da UNITA (oposição), com 42,8%, quando estão escrutinados 86,41% dos votos das eleições gerais desta quarta-feira.
Com 77,12% dos votos apurados em Luanda, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93% dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06%, anunciou o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.
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