O ministro da Informação sírio, Adnane Mahmud, disse hoje que as autoridades não estavam ao corrente da presença dos jornalistas mortos nos bombardeamentos de Homs.
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«O nosso Ministério não está ao corrente da entrada ou da presença de Marie Colvin e de Rémi Ochlik em território sírio. Pedimos às autoridades competentes em Homs para os procurar», declarou Mahmud à France Presse.
«O Ministério pede a todos os jornalistas estrangeiros que entraram de forma ilegal (na Síria) para se dirigirem ao centro de imigração mais próximo para regularizar a sua situação de acordo com as leis em vigor», acrescentou o ministro.
A norte-americana Marie Colvin, de 56 anos, jornalista do Sunday Times, e o fotógrafo francês Rémi Ochlik, de 28 anos, que trabalhava para a agência IP3 Press, foram hoje mortos num bombardeamento em Homs.
O bombardeamento atingiu um apartamento transformado em "centro de imprensa" pelos jornalistas que entraram clandestinamente na cidade, segundo ativistas sírios.
A Rússia, aliada de Damasco, já se mostrou "muito preocupada" com a morte dos dois jornalistas.
«Moscovo condena vigorosamente (o ocorrido) e está muito preocupada na medida em que não é a primeira vez que jornalistas estrangeiros são mortos na Síria», referiu em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
«Este acontecimento trágico mostra uma vez mais a necessidade de pôr fim o mais rapidamente possível à violência de onde quer que venha», considerou a diplomacia russa.