O primeiro-ministro britânico, David Cameron, assegurou hoje que não irá avançar para um terceiro mandato caso os conservadores sejam reeleitos nas eleições gerais de 07 de maio, no Reino Unido.
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David Cameron, de 48 anos e no cargo desde 2010, afirmou, em entrevista à cadeia pública de televisão BBC, que se ganhar as eleições mais renhidas dos últimos tempos, cumprirá o mandato nos próximos cinco anos e no final deste deixará o cargo de primeiro-ministro.
«Depois de um segundo mandato, será o momento para que chegue um novo líder ao Partido Conservador», frisou Cameron, quando faltam somente 44 dias para as eleições.
O chefe de Governo britânico destacou que sente que no seu primeiro mandato fez «metade do trabalho», referindo ter «dado a volta à economia do país».
Há alguns dias, o ministro da Economia, George Osborne, anunciou que a economia do Reino Unido irá crescer, em 2015, cerca de 2,5%, acima dos 2,4% anteriormente previstos.
Cameron avançou ainda que quer ser reeleito para «acabar com o trabalho começado» há cinco anos em várias áreas, como a «educação e o bem-estar social».
Durante a entrevista, o primeiro-ministro também destacou que o Partido Conservador conta com grandes líderes para o substituir, como o caso da ministra do interior, Theresa May, o ministro da Economia, George Osborne, e o presidente da Câmara de Londres, Boris Johnson.
De acordo com as últimas sondagens de voto, o Partido Conservador e o Partido Trabalhista mantêm uma renhida luta, rondando ambos os 33% das intenções de voto, seguidos pelo Partido da Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês), de extrema-direita e eurocético, com 12%, enquanto o Partido Liberal Democrata se situa nos 8%.
David Cameron foi eleito líder do Partido Conservador britânico após a vitória sobre o partido trabalhista nas eleições gerais de 2005, chegando ao poder em maio de 2010, depois de mais de dez anos de governos de esquerda e quando o Reino Unido se encontrava em profunda recessão.
Cameron foi obrigado a governar em coligação com os liberais-democratas, uma vez que o seu partido não obteve maioria absoluta.