O livro "Populismo", do coronel Manuel Pedroso Marques, acaba de chegar às livrarias.
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Bertolt Brecht deixou a pergunta: "Para onde é que vai o poder que vem do povo?". O coronel Manuel Pedroso Marques retoma a questão na última página do livro que acaba de lançar, "Populismo".
Na base, o conceito de povo. "O populismo olha para o povo como uma unidade uniforme, sem diferenças ou distinções culturais, políticas ou de objetivos. Olha o povo como uma entidade autónoma cuja representatividade reivindica".
"Os populistas não são ditadores, vão a votos", explica o coronel, "vivem bem numa má Democracia porque, vendo o povo como uma unidade uniforme, consideram que é ilegítimo discordar das suas opiniões os das suas políticas. Daí o perigo".
É aí que está a diferença em relação à Democracia, que "olha para o povo como um conjunto diverso de opiniões, de opções, de destinos, de culturas e de etnias. A Democracia organiza todas essas diferenças, enquanto o Populismo as esbate e ignora".
Em conversa com Fernando Alves na Manhã TSF, o coronel Manuel Pedroso Marques alerta para os riscos do Populismo. "Quando está no poder, pretende eliminar e destruir os efeitos dos contrapoderes".
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Manuel Pedroso Marques, coronel do exército participante na Revolta de Beja em 1961, foi presidente da RTP e administrador de várias empresas de comunicação. "Populismo" tem edição da Âncora.