A eurodeputada Maria Manuel Leitão Marques sublinha, contudo, que há falta de capacidade e de meios para penalizar os países que tomam decisões como esta.
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O parlamento europeu está indignado com a decisão da Hungria de proibir a "promoção e representação" da homossexualidade junto de menores. Esta indignação é expressa pela eurodeputada Maria Manuel Leitão Marques que sublinha, contudo, que há falta de capacidade e de meios para penalizar os países que tomam decisões como esta.
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"O parlamento tem sido muito firme, e com uma larga maioria, em relação a temas como este, mas relativamente à sua capacidade de depois tomar medidas que penalizem países com atitudes semelhantes, que não respeitam os direitos humanos, há na verdade alguma incapacidade ou a falta de instrumentos para o fazer", sustenta em entrevista à TSF.
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Para Maria Manuel Leitão Marques esta decisão causa "uma enorme indignação, porque nós que lutámos em Portugal e noutros países europeus por uma educação para a cidadania que ajudasse as crianças a respeitar a diversidade".
"Essa é uma educação inclusiva que é muito importante incentivar nas escolas. É contra tudo isto que esta decisão húngara se vem manifestar", remata.
No mesmo plano, Paulo Rangel acusa os Governos nacionais e o Conselho Europeu de nada fazerem e apela à atuação destes organismos.
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Já a eurodeputada Marisa Matias sublinha que antes de se abrir um novo processo de infração contra a Hungria é preciso que os que já estão abertos tenham consequências.
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A Hungria aprovou esta terça-feira uma lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade junto dos menores de 18 anos, apesar da contestação dos últimos dias e da preocupação dos defensores dos direitos das pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero).
A lei, que proíbe a "representação" da homossexualidade e da transexualidade em espaços públicos, foi aprovada por 157 deputados, incluindo os do partido no poder, o Fidesz, durante uma sessão parlamentar transmitida ao vivo pela televisão.