A data do funeral ainda não foi confirmada.
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O rei Carlos III decretou, esta sexta-feira, luto real até sete dias após o funeral da rainha Isabel II, anunciou o Palácio de Buckingham, em comunicado.
"Após a morte de Sua Majestade, a Rainha, é desejo de Sua Majestade, o Rei, que um período de luto real seja observado a partir de agora e até sete dias após o funeral da Rainha. A data do funeral será confirmada oportunamente. O Luto Real será realizado por membros da Família Real, pessoal da Casa Real e representantes da Casa Real em funções oficiais, juntamente com as tropas empenhadas nos Deveres Cerimoniais", pode ler-se na nota.
Entre outros detalhes que estão a ser divulgados hoje relativamente aos preparativos para os próximos dias, até ao funeral, foi divulgado que não haverá livros físicos de condolências em nenhuma das residências oficiais da família real, mas quem quiser deixar uma mensagem poderá fazê-lo no portal oficial na internet da monarquia.
As bandeiras nas residências reais foram colocadas a meia haste na quinta-feira e permanecerão assim até às 08h00 após o último dia do luto real.
Nas residências reais, as bandeiras a meia haste não se aplicam ao Royal Standard e ao Royal Standard na Escócia enquanto o Rei estiver na residência, pois devem estar sempre hasteadas.
As orientações sobre as bandeiras em outros prédios públicos foram emitidas pelo Departamento de Cultura, Meios de Comunicação e Desporto britânico.
As residências reais encerrarão até depois do funeral da rainha, incluindo a Galeria da Rainha e o Royal Mews no Palácio de Buckingham, e a Galeria da Rainha em Edimburgo.
O castelo de Balmoral e a Sandringham House, propriedades privadas da rainha, também encerrarão neste período. Além disso, o castelo de Hillsborough, residência real oficial na Irlanda do Norte, será encerrado.
O público poderá deixar tributos florais em vários locais, nomeadamente nas residências reais ou nas suas proximidades, de acordo com as orientações de cada local.
O Rei Carlos III regressa esta sexta-feira a Londres de Balmoral, na Escócia, onde a mãe, rainha Isabel II, morreu na quinta-feira aos 96 anos, para ter a primeira audiência em funções com a primeira-ministra britânica Liz Truss.
Pelas 18h00, o rei deverá fazer a primeira comunicação televisiva para manifestar ao país o compromisso no cumprimento dos deveres como novo chefe de Estado e prestar homenagem à mãe e soberana.
Entretanto, esta sexta-feira, às 12h00, a Abadia de Westminster, Catedral de São Paulo e outras igrejas do país vão assinalar a morte de Isabel II com um toque de sinos em uníssono, devendo ser tocadas 96 badaladas, uma por minuto marcando a idade da rainha.
Às 13h00, para marcar a morte da Comandante Suprema das Forças Armadas, terá lugar uma salva de 96 tiros de canhões em Hyde Park (Londres), Torre de Londres, em Belfast, Cardiff e Edimburgo e no estrangeiro.
Para além destes eventos, as duas Câmaras do Parlamento, a dos Comuns (baixa) Comuns e a dos Lordes (alta) vão interromper os trabalhos normais e realizar uma sessão especial única com início ao meio-dia e duração de dez horas, até às 22h00, onde a primeira-ministra e deputados farão intervenções em homenagem a Isabel II.
Também esta será realizada uma cerimónia religiosa na Catedral de São Paulo de homenagem à monarca com a presença de figuras de Estado.
Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou.
O reinado de 70 anos foi o mais longo da história do Reino Unido, sucedendo-lhe o filho primogénito de 73 anos como Rei Carlos III.
* Notícia atualizada às 10h32