Votação do veredicto acontece esta quarta-feira.
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Os advogados do Presidente dos EUA encerraram esta segunda-feira as alegações finais no julgamento político de Donald Trump, no Senado, pedindo a sua absolvição, na votação de quarta-feira.
Donald Trump está a ser julgado politicamente por dois artigos de destituição, acusado de abuso de poder e obstrução ao Congresso, por ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, para que este investigasse a atividade da família de Joe Biden, rival político do líder norte-americano, junto de uma empresa ucraniana envolvida num caso de corrupção.
Esta segunda-feira, a defesa de Trump terminou as alegações pedindo aos 100 senadores para o absolverem das duas acusações, na sessão de votação de um veredicto, marcada para quarta-feira, dizendo que ele é inocente.
Depois de ter rejeitado a audição de novas testemunhas, a maioria Republicana vai conseguir atender o pedido de Donald Trump, que tinha manifestado vontade de que o julgamento político fosse rápido.
"Vim aqui hoje para pedir que rejeitem as acusações contra o Presidente, de abuso de poder e de obstrução ao Congresso. (...) Ele não fez nada de errado", disse Pat Cipollone, um dos advogados de defesa de Trump, solicitando uma votação assertiva.
Nas alegações finais, os procuradores Democratas, conduzidos pelo congressista Adam Schiff, repetiu a acusação de que o Presidente utilizou o seu cargo para pressionar um líder estrangeiro para seu benefício político e para tentar impedir a Câmara de Representantes de levar a cabo uma investigação sobre esse caso.
"Ele abusou de poder. Já o tinha feito e vai voltar a fazer, se não o impedirem. Tudo para que consiga ser reeleito nas eleições de novembro", disse Adam Schiff, nos minutos finais das alegações da acusação.
Adam Schiff disse que ficou provado que houve um 'quid pro quo' entre o pedido ao Presidente ucraniano e a retenção de milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia e que Trump fez tudo para que não ficasse provada essa relação de causa e efeito.
O Senado votará um veredicto na quarta-feira, a meio da tarde, sendo expectável que o Presidente seja absolvido, já que deram sinais de estarem unidos na sua maioria (53-47) para a rejeição das pretensões dos Democratas.
Ainda antes da votação, Donald Trump fará o discurso do Estado da União, na terça-feira, depois de ter rejeitado a possibilidade de adiamento da cerimónia anual em que faz o Presidente faz o diagnóstico da situação económica, social e política do país.