A renúncia do Governo já foi aceite pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.
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O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, demitiu-se e a renúncia do Governo já foi aceite pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta sexta-feira o Palácio do Eliseu.
O Governo que renuncia manter-se-á em funções até à nomeação do novo Executivo, uma mudança desejada por Emmanuel Macron, que anunciou uma "nova equipa" para seguir um "novo caminho" político durante a última parte de seu mandato até eleições presidenciais de 2022.
Nas próximas horas, Emmanuel Macron vai nomear um novo primeiro-ministro, avança ainda em comunicado o Eliseu. A Constituição francesa não exclui a possibilidade de Edouard Philippe voltar a ser nomeado chefe de Governo, apesar da demissão. Mas, segundo informações avançadas por Matignon, a hipótese não estará em cima da mesa.
A demissão resulta de várias semanas de consultas para definir o fim do quinquénio presidencial. O chefe de Estado e de Governo estiveram reunidos esta manhã no Eliseu e chegaram ao acordo de pôr fim à relação de três anos. O primeiro-ministro Edouard Philippe apresentou então a sua demissão e a do Governo.
O cenário da demissão do Governo já se previa, depois de o primeiro-ministro francês ter sido reeleito este domingo, na segunda volta das eleições autárquicas, para um terceiro mandato à frente da cidade de Le Havre, na Normandia, com 59% dos votos.
Depois da onda verde se ter levantado das eleições autárquicas, os responsáveis do partido ecologista já garantiram que nenhum membro do partido aceitará fazer parte desta nova formação governamental.
O Conselho de Ministros previsto para esta sexta-feira foi cancelado. O primeiro-ministro, bem como os membros do Governo, comprometem-se a manter as suas funções até à formação de um novo Governo. Emmanuel Macron tem até dia 8 de julho, data do próximo Conselho de Ministros, para encontrar um novo Executivo.
O Governo de Édouard Philippe fica marcado por uma crise sanitária, protestos sociais em resposta à reforma das pensões, ao movimento dos coletes amarelos e a duas saídas do Executivo: a do ministro da Ecologia Nicolas Hulot e do ministro do Interior Gérard Collomb.
Uma sondagem publicada esta quinta-feira apontava que 57% dos franceses preferiam que Edouard Philippe se mantivesse à frente do Governo.
* Notícia atualizada às 10h42