Só no mês de julho, nove violações em grupo foram registadas no país vizinho.
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Desde 2016, Espanha já registou 134 denúncias de violações realizadas por grupos, mas, só em 2019, o número está a preocupar o país. São mais de 42 casos os que se amontoaram nas queixas apresentadas às autoridades e nove apenas no último mês, como refere o site Geo Violência Sexual .
O caso mais recente ocorreu há uma semana, e tem mobilizado a opinião pública desde então. Trata-se de uma jovem de 18 anos que foi violada por um conjunto de seis homens oriundos de Bilbau, no País Basco, e com idades compreendidas entre os 18 e os 36 anos, referido na imprensa espanhola como "Manada". A designação está também intimamente ligada a um caso ocorrido há três anos em Pamplona, em que uma jovem foi sexualmente agredida por cinco homens que trocavam mensagens através do grupo de WhatsApp "La Manada".
As associações feministas espanholas acreditam que o aumento das denúncias se prende com o auge do movimento feminista e do #metoo nos EUA e do similar #cuéntalo em Espanha, explica a publicação Jornal de Notícias. Estas mesmas organizações exigem uma mão mais pesada sobre os agressores sexuais e o reforço das medidas de segurança.
O próprio presidente do Governo, Pedro Sánchez, também afirmou que "Espanha continua a avançar na proteção dos direitos e liberdades das mulheres. Os socialistas querem alterar o Código Penal para que todas as agressões sexuais que sejam cometidas sem o consentimento claro das mulheres sejam consideradas crime.