O socialista italiano quer uma Europa que ponha a liberdade em primeiro lugar e que olhe para os problemas do presente e do futuro, das alterações climáticas ao desemprego dos jovens.
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David Sassoli discursou após ser eleito o novo presidente do Parlamento Europeu e admitiu estar "emocionado" ao assumir o cargo numa "instituição que mais do qualquer outra tem uma ligação com os cidadãos".
O socialista recorda os resultados eleitorais e aponta para uma legislatura que acontece numa época de mudanças históricas, com alterações climáticas, desemprego entre jovens e a necessidade de novos equilíbrios globais.
Durante o discurso, Sassoli alertou para que os governantes procurem novas ideias e tenham "coragem para recuperar sensatez e audácia".
O italiano reiterou por diversas vezes a ideia de que é preciso preservar a liberdade, uma conquista que não pode ser perdida.
O socialista quer "visão", pretende que sejam feitas alterações num "mundo que não tem regras e que tem de as encontrar". Para que tal aconteça, a Europa tem de ajudar.
Os jovens, a igualdade, a pobreza e as tecnologias limpas estiveram entre as bandeiras levantadas por Sassoli no primeiro discurso, recordando que muitos dos novos eurodeputados estão empenhados em questões de grande importância e que não podem ser esquecidas ou menosprezadas pela Europa.
"A UE não é um incidente da história", frisou, relembrando que é filho de um homem que combateu contra outros europeus e de uma mãe abandonou casa e se refugiou dentro de outras famílias. O apelo à memória serviu para mostrar que é preciso coragem para enfrentar os desafios da mudança.
A jornalista Inês André de Figueiredo viajou a convite do Parlamento Europeu.