Ainda besuntados de protetor solar, brasileiros começam o outono, no hemisfério sul, sob ameaças de quantidades torrenciais de chuva.
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Graças a Deus hoje acaba o verão, festejam os brasileiros, ainda na ressaca de um domingo em que no Rio de Janeiro os termómetros superaram os 40 graus e a sensação térmica chegou a um recorde de 60.
E de São Paulo ter, feitas já as contas, vivido o verão mais quente dos últimos dez anos.
Noutras capitais do país, como Cuiabá ou Campo Grande, a situação foi semelhante – ou pior.
E foi já a terceira onda de calor de um ano que conta menos de um trimestre de vida. Chama-se “onda de calor” ao registo de temperaturas muito acima da média por uma sequência de dias numa determinada região.
Porém, ainda besuntados de protetor solar e assustados com o “alerta de grande perigo de calor” decretado pelo Instituto Nacional de Meteorologia, os brasileiros esperam já hoje, exatamente no início do outono no hemisfério sul, novos alertas, desta vez das sempre temidas tempestades tropicais em todas as regiões do país, do Norte ao Sul, do Nordeste ao Sudeste, região onde vive muita gente em encostas sujeitas a deslizamentos.
Há alerta laranja de 100 milímetros de chuva em 24 horas em quase metade do gigantesco território do país, e amarelo, de perigo de 50 milímetros de precipitação por dia, na outra metade.
Ou seja, o Brasil já enfrenta tempestades quando ainda se fazem as contas ao verão mais escaldante dos últimos tempos. E mais caro: segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico o país registou um novo recorde histórico de consumo de energia na sexta-feira, dia 15, por culpa, claro, dos ares-condicionados e das ventoinhas em intensa atividade.
