Depois do filho, Bolsonaro indica diplomata para embaixada do Brasil em Washington
O presidente do Brasil vai propor ao Senado o diplomata Nestor Foster para embaixador nos Estados Unidos. O filho de Bolsonaro tinha sido falado para o cargo, o que gerou uma grande polémica no país.
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O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, enviou esta terça-feira ao Senado [câmara alta parlamentar] a indicação do diplomata Nestor Foster para o cargo de embaixador do país em Washington, capital dos Estados Unidos da América.
Nestor Foster já exerce naquela unidade diplomática como encarregado de negócios e agora deverá responder publicamente a questões colocadas por senadores na câmara alta parlamentar antes daquela casa legislativa votar se aceita a sua indicação para o cargo.
Por determinação da Constituição, o Senado é responsável por aprovar, ou não, os nomes indicados pelo Governo do Brasil para ocupar postos de embaixador no exterior.
Diplomata de carreira, Nestor Forster, de 56 anos, ingressou no Ministério das Relações Exteriores do Brasil em 1985 e, em junho deste ano, foi promovido a embaixador de primeira classe.
Foster não foi a primeira opção de Jair Bolsonaro para liderar a representação diplomática mais importante do país no exterior.
Em agosto, o chefe de Estado brasileiro disse que indicaria o seu filho Eduardo Bolsonaro para o cargo, mas não formalizou a nomeação junto do Senado, embora tenha pedido aprovação de suas credenciais ao Governo norte-americano.
Jair Bolsonaro tentou articular a aprovação da nomeação de Eduardo, mas recuou perante a incerteza de que o nome do filho seria aprovado.
O filho do Presidente brasileiro anunciou oficialmente que desistia da indicação em outubro, alegando ficar no Brasil para pacificar problemas internos no Partido Social Liberal (PSL), que apoiava o Governo, e do qual Jair Bolsonaro recentemente se desfiliou.