Depois dos tumultos, a corrida contra o tempo para preparar o ano letivo em Paris
Depois do choque e perplexidade dos estragos provocados pelos tumultos do mês passado é altura de cuidar dos estragos.
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Durante os distúrbios levantados pela morte do jovem Nahel na região de Paris, em Nanterre, no mês passado, 250 escolas foram danificadas. A faltar um mês do início do ano letivo, as escolas organizam-se para preparar o regresso às aulas. Cada município desenvolve a própria estratégia.
Passado o choque e a perplexidade dos estragos provocados pelos tumultos do mês passado é tempo de cuidar dos estragos. Os tumultos em reação à morte de Nahel, assassinado a 27 de junho por um polícia, fizeram estragos em todo o país. No total, cerca de 1.500 edifícios públicos foram vandalizados.
Na região parisiense Seine-et-Marne, na cidade de Dammarie-lès-lys, as escolas estão em obras. Ouvem-se barulhos dos martelos em vez do ranger das cadeiras na creche Charles Perrault. Este pequeno estabelecimento tem quatro salas de aula, uma sala de jogos e uma sala de descanso e tudo precisa de ser refeito.
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O vereador Victor Guerard acompanha de perto as obras: "Estamos na área de descanso onde as camas foram queimadas. Podemos ver que o teto falso foi refeito, toda a eletricidade também. Vamos entrar na fase da pintura".
Janelas partidas e paredes riscadas, as marcas dos tumultos ainda são visíveis. O autarca quer ter tudo pronto para o início do ano letivo: "No calendário como está hoje, já estamos adiantados e posso garantir com certeza que a escola poderá abrir no dia 4 de setembro".
A maior parte do mobiliário deve ser comprado. "Para se ter uma ideia, os prejuízos na cidade feitos pelos motins estimam-se em 7 milhões de euros. Só nas escolas são 300 mil euros", afirma Victor Guerard.
Segundo a Federação Francesa de Seguros, os estragos feitos durante os protestos em edifícios públicos ascendem a 225 milhões de euros.