Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Taiwan e todos os estados-membros da União Europeia são vistos pela Rússia como "países pouco amigáveis".
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Os deputados russos apresentaram segunda-feira um projeto de lei para proibir os cidadãos de países "pouco amigáveis" de adotarem crianças na Rússia, numa altura de fortes tensões entre países ocidentais e Moscovo.
A proposta, divulgada no site da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, visa alargar o âmbito de aplicação de uma lei de 2012 que proíbe os norte-americanos de adotarem crianças russas, tornando-a exequível contra cidadãos dos países que cometam ações consideradas por Moscovo "pouco amigáveis" em relação à Rússia.
O Governo russo reagiu às sanções tomadas para punir a sua ofensiva militar na Ucrânia, alargando esta lista de "países pouco amigáveis", que inclui agora Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Taiwan e todos os estados-membros da União Europeia.
Para entrar em vigor, o projeto de lei tem de ser aprovado em três leituras na câmara baixa do parlamento, depois pelo Conselho da Federação, a câmara alta, e depois disso promulgado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, sendo que os dois últimos passos são normalmente apenas uma formalidade.
A lei aprovada em 2012 fez com que o número de adoções tenha diminuído, de acordo com a agência de notícias estatal TASS, com 240 crianças russas adotadas por estrangeiros em 2019, contra 2.604 em 2012.