Haddad tem um trabalho difícil pela frente. Vencer a segunda volta das eleições é uma missão praticamente impossível.
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A eleição de Fernando Haddad na segunda volta das presidenciais brasileiras, disputada dia 28 de outubro, não é impossível, mas é altamente improvável.
Para vencer Jair Bolsonaro, o candidato do Partido dos Trabalhadores precisava de uma "grande mobilização" do eleitorado contra o candidato da extrema-direita, algo improvável, nota o Pedro Magalhães, professor de Ciência Politica e investigador do instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
"A eleição de Blasonado no segundo turno é bastante mais provável do que a eleição de Haddad", considera o também especialista em comportamento eleitoral, entrevistado em direto por Artur Carvalho na Tarde TSF.
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Haddad enfrenta um "dilema difícil de resolver": por um lado podia ganhar votos ao apresentar-se como "candidato de Lula da Silva", o antigo presidente detido no âmbito da operação Lava Jato, por outro ao fazê-lo pode estar a "alienar algum apoio potencial".
A estratégia, no entanto, parece continuar a ser "uma certa colagem a Lula", analisa Pedro Magalhães.
De ambos os candidatos é possível esperar, a partir de agora e até 28 de outubro, um discurso mais moderado, algo que Bolsonaro não precisou de fazer para obter 46% dos votos na noite de domingo.
A aposta do candidato de extrema-direita no tema da corrupção e no tema da insegurança, duas grandes preocupações do Brasileiros, também "não jogam a favor" de Haddad.
É possível derrotar Bolsonaro em três semanas? A TSF foi à procura de respostas.