
epa07076570 Brazilian extreme right-wing presidential candidate Jair Bolsonaro gestures in a polling station in Rio de Janeiro, Brazil, 07 October 2018. A total of 147.3 million Brazilian voters are called to elect their next president in a two-round election in which Brazilian socialist Fernando Haddad and extreme right-winger Jair Bolsonaro are the two main candidates are contesting to become the new leader of the country. The second round of the presidential election will be held on 28 October. EPA/ANTONIO LACERDA
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Haddad tem um trabalho difícil pela frente. Vencer a segunda volta das eleições é uma missão praticamente impossível.
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A eleição de Fernando Haddad na segunda volta das presidenciais brasileiras, disputada dia 28 de outubro, não é impossível, mas é altamente improvável.
Para vencer Jair Bolsonaro, o candidato do Partido dos Trabalhadores precisava de uma "grande mobilização" do eleitorado contra o candidato da extrema-direita, algo improvável, nota o Pedro Magalhães, professor de Ciência Politica e investigador do instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
"A eleição de Blasonado no segundo turno é bastante mais provável do que a eleição de Haddad", considera o também especialista em comportamento eleitoral, entrevistado em direto por Artur Carvalho na Tarde TSF.
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Haddad enfrenta um "dilema difícil de resolver": por um lado podia ganhar votos ao apresentar-se como "candidato de Lula da Silva", o antigo presidente detido no âmbito da operação Lava Jato, por outro ao fazê-lo pode estar a "alienar algum apoio potencial".
A estratégia, no entanto, parece continuar a ser "uma certa colagem a Lula", analisa Pedro Magalhães.
De ambos os candidatos é possível esperar, a partir de agora e até 28 de outubro, um discurso mais moderado, algo que Bolsonaro não precisou de fazer para obter 46% dos votos na noite de domingo.
A aposta do candidato de extrema-direita no tema da corrupção e no tema da insegurança, duas grandes preocupações do Brasileiros, também "não jogam a favor" de Haddad.
É possível derrotar Bolsonaro em três semanas? A TSF foi à procura de respostas.