Desflorestação da Amazónia vê-se de estação espacial. Mais 88% de árvores abatidas
Os ambientalistas culpam a postura de Jair Bolsonaro no que toca às questões ambientais.
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A desflorestação na parte brasileira da floresta amazónica subiu mais de 88% em junho, em comparação com o homólogo de 2018. Este é o segundo mês consecutivo de aumentos na destruição florestal, sob a governação de Jair Bolsonaro.
O alerta para a extensão da devastação florestal foi dado pela Agência Espacial Brasileira, que aponta um abate de árvores ao longo de 920 quilómetros quadrados da maior floresta tropical do mundo. O aumento situar-se-á nos 88,4%, mas, até ao final de julho, os números exatos serão conhecidos.
Nos primeiros 11 meses desde junho passado, a desflorestação atingiu os 4.565 quilómetros quadrados, o que representa um aumento de 15% em relação ao período homólogo do ano anterior. Esta área excede a área do Estado norte-americano de Rhode Island, de acordo com a agência Reuters.
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Os ambientalistas alertaram para o facto de que a medida concebida por Bolsonaro de sabotar a fiscalização ambiental pela agência Ibama, com críticas severas à distribuição de multas a madeireiros e trabalhadores do ramo da pecuária que tentam lucrar com as atividades,
"O Bolsonaro agravou a situação, com os seus múltiplos ataques", afirmou Paulo Barreto, investigador da organização não-governamental brasileira Imazon.
A estação seca, a partir de maio, provocou um aumento do abate de árvores. A desflorestação aumentou 34% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado.