Detenção do filho de El Chapo transforma Sinaloa em zona de guerra. Há pelo menos cinco mortos
Membros do cartel, um dos mais violentos do México, insurgiram-se contra a detenção do líder. Bloquearam estradas, incendiaram viaturas e dispararam contra tudo, inclusive, o aeroporto e uma base aérea. Três aviões, dois deles comerciais, foram atingidos.
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A detenção de Ovidio Guzmán-López, um dos filhos do narcotraficante "El Chapo", desencadeou uma onda de violência em Culiacán, no estado de Sinaloa. Pelo menos cinco pessoas morreram, entre as quais, três agentes da polícia mexicana, avança a imprensa mexicana.
Os membros do cartel de Sinaloa, um dos mais poderosos do México, envolveram-se em confrontos com a polícia e perseguiram os agentes durante vários quilómetros. Bloquearam estradas, incendiaram viaturas e dispararam contra o aeroporto e uma base aérea. Pelo menos um avião da Força Aérea mexicana e duas aeronaves comerciais foram alvo dos disparos.
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Mais de uma centena de voos foram cancelados pelas autoridades mexicanas, segundo adiantou a Reuters.
Ovidio Guzmán-López era o cabecilha do cartel de Sinaloa e estava a ser procurado pelas autoridades do México e dos Estados Unidos. Washington tinha oferecido uma recompensa em dezembro de cinco milhões de dólares. Foi colocado numa prisão de alta segurança na Cidade do México.
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O Secretário de Defesa Nacional do México explicou, em conferência de imprensa, que a detenção do filho de El Chapo resultou de um trabalho de seis meses, numa operação que juntou o Exército Nacional, da Guarda Nacional, polícia e também agentes da DEA, dos EUA.
O cartel de Sinaloa foi fundado por Joaquín "El-Chapo" Guzman, que está detido numa prisão de alta segurança, nos EUA. O filho Ovidio ascendeu ao poder do grupo manteve a violência e a droga nas ruas do México.
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Os EUA acreditam que o cartel de Sinaloa é responsável pelo tráfico não só de cocaína, mas também de fentanil, 50 vezes mais potente que a heroína e responsável por milhares de casos de overdoses no país.
A detenção de Ovidio Guzman-López ocorre quatro dias antes da visita do Presidente norte-americano Joe Biden ao México, o que está a levar ao reforço das medidas de segurança.