Detidos são cidadãos de nacionalidade russa, ucraniana e arménia.
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Foram detidos oito suspeitos devido à explosão que destruiu parcialmente a ponte que liga a Crimeia à Rússia e que terá feito quatro mortos. Os detidos são cidadãos de nacionalidade russa, ucraniana e arménia.
Segundo um comunicado dos serviços de segurança russos, citado pela agência de notícias AFP, o "atentado terrorista" foi organizado pelos serviços secretos ucranianos
Os explosivos terão sido dissimulados em "rolos de película plástica", enviados em agosto, a partir do porto de Odessa, na Ucrânia, e transitaram pela Bulgária, a Geórgia e a Arménia, antes de entrarem na Rússia
O Presidente russo acusou os serviços secretos ucranianos de estarem por trás da explosão que danificou a ponte. Vladimir Putin classificou como o incidente como "ato terrorista".
A Ponte da Crimeia, construída com grandes custos e inaugurada em 2018 por Vladimir Putin, também é usada para transporte logístico das tropas russas que lutam na Ucrânia.
A estrutura, com 19 quilómetros de extensão, inclui uma via de transporte ferroviário e uma autoestrada.
A rota alternativa à ponte tem uma extensão de 359 quilómetros, dos quais 180 estão a ser reparados pelo Ministério dos Transportes da Rússia.
Um dos objetivos da campanha militar russa na Ucrânia consistiu em garantir um corredor terrestre entre território russo e a península, que depende dos cereais, água e energia elétrica provenientes do sul da Ucrânia.
O camião, que explodiu no final da madrugada de sábado, provocou um incêndio em seis tanques de combustível de um comboio de vagões-cisterna e provocou o colapso de duas secções da parte rodoviária da ponte, além dos 1,3 quilómetros de via-férrea danificados.
A ponte de Kerch, declarada objetivo militar por Kiev, foi inaugurada em 2018 pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
Em retaliação à explosão da ponte, Putin ordenou o lançamento de dezenas de mísseis sobre várias cidades de norte a sul da Ucrânia, incluindo Kiev.
Na sequência destes ataques russos pelo menos 19 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.