O Presidente da República diz que a dimensão da tragédia causada pelo ciclone Idai, em Moçambique, "é muito maior do que se pensa".
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O Presidente da República considera que a dimensão da tragédia provocada pelo ciclone Idai, em Moçambique, "é muito maior do que aquilo que se pensa", alertando para o efeito "devastador" da catástrofe para milhares de moçambicanos.
"Conheço muito bem Moçambique, tenho a noção exata da tragédia. É muito maior do que aquilo que se pensa. Logo no primeiro minuto, enviei uma mensagem ao presidente Nyusi. Tentei contactá-lo, ele tentou contactar-me mas ele está na região atingida e várias vezes caiu a comunicação mas logo lhe testemunhei a solidariedade do povo português e a compreensão daquilo que é devastador, não só para a Natureza mas para a vida de milhares e milhares de moçambicanos", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações registadas pela RTP.
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O ciclone Idai dexiou um rasto de destruição na região de Beira, provocando a morte a pelo menos 84 pessoas. Contudo, o Presidente moçambicano estima que a catástrofe tenha provocado milhares de vítimas mortais.
O Governo português garantiu que, até ao momento, não há informação de portugueses entre as vítimas. No entanto, dezenas de cidadãos nacionais perderam as casas. O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, desloca-se nas próximas horas, para Moçambique para fazer o levantamento das necessidades dos emigrantes que vivem no país.
A Cáritas Portuguesa anunciou que vai enviar 25 mil euros para ajudar, mostrando disponibilidade para mais apoios.
"Estamos a acompanhar de perto, em articulação com a Cáritas Moçambicana, a situação em que se encontram todos os que foram afetados por esta calamidade. À nossa congénere de Moçambique já expressámos, também, a nossa solidariedade com o compromisso do envio de 25 mil euros", referiu a Cáritas Portuguesa, presidida por Eugénio Fonseca, em comunicado.
Além da Cáritas, também a Cruz Vermelha portuguesa, presidida por Francisco George, apelou à solidariedade dos portugueses, anunciando que já enviou uma especialista para o terreno.
Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas em Moçambique, Maláui e Zimbabué pela passagem do ciclone Idai, que provocou ainda, pelo menos, 222 mortos, de acordo com estimativas dos governos destes países.