Debaixo de alguma pressão da opinião pública, o Presidente norte-americano, Barack Obama, fez saber que os EUA vão acolher dez mil sírios. O especialista em direito e relações internacionais, José Azeredo Lopes afirma que a oferta não é generosa.
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Depois de ter sido criticado por ter uma abordagem passiva à crise dos refugiados, Barack Obama faz saber que para o ano os Estados Unidos vão receber dez mil sírios. Cerca do dobro do número de refugiados que se prevê que venham para Portugal.
Para o especialista em direito e relações internacionais, José Azeredo Lopes, a administração Obama tem sobretudo duas motivações para tomar esta decisão: pressionar pelo exemplo os países europeus que resistem a receber refugiados e manter este problema confinado ao continente europeu. O professor da Universidade Católica diz ainda que esta iniciativa da casa branca está longe ser generosa.
Para Azeredo Lopes a grandeza do numero de refugiados que os Estados Unidos anunciam que irão receber é muito condicionada por questões de segurança interna, e pela perceção de ameaça junto da população norte americana.
Vem a propósito deste comentário de Azeredo Lopes referir que no anuncio hoje feito, o porta voz da casa branca fez questão de sublinhar que Barack Obama jamais tomaria uma decisão que de alguma forma pusesse em causa a segurança dos norte-americanos.