Alguns polícias de Louisville chegaram ao local para distribuir panfletos que diziam que o acampamento durante a noite é proibido, mas os manifestantes podem continuar a juntar-se durante o dia.
Corpo do artigo
Várias dezenas de pessoas reuniram-se este domingo num pequeno parque no centro da cidade de Louisville, no Estado do Kentucky, nos Estados Unidos, onde um homem foi baleado e morto, durante um protesto pelo assassinato de Breonna Taylor.
Alguns polícias de Louisville chegaram ao local para distribuir panfletos que diziam que o acampamento durante a noite é proibido, mas os manifestantes podem continuar a juntar-se durante o dia.
A polícia removeu as tendas do local e disse aos manifestantes para as irem buscar num outro local. Os relatos de tiros disparados no Parque Jefferson Square chegaram por volta das 21h00 locais (02h00 deste domingo em Lisboa), segundo a polícia da zona metropolitana de Louisville. Uma segunda vítima foi encontrada do outro lado da rua, tendo sido hospitalizada com ferimentos ligeiros.
O vídeo publicado nas redes sociais parecia mostrar um homem a abrir fogo num parque enquanto as pessoas lutavam para se esconder, as imagens mostraram mais tarde pelo menos uma pessoa a sangrar no chão.
Os agentes liberaram o parque e a polícia "está a tentar reunir o máximo de informação possível para identificar todos os envolvidos no incidente", segundo o comunicado. Nenhuma informação sobre detenções, possíveis suspeitos ou a identidade e idade das vítimas foi divulgada imediatamente.
O parque tem sido o epicentro de protestos na cidade há várias semanas, depois dos assassinatos de Breonna Taylor e George Floyd pela polícia.
O tiroteio de sábado à noite foi pelo menos o segundo num mês de protestos em Louisville depois da morte de Taylor. A 28 de maio, sete pessoas ficaram feridas num tiroteio perto da Câmara Municipal, provocando uma declaração da mãe de Taylor que pediu às pessoas que exigissem justiça "sem se magoarem umas às outras".
Breonna Taylor foi morta a tiro em casa, em 13 de março, quando agentes da polícia invadiram o local, à procura de drogas, que nunca seriam encontradas.
Três meses depois, um dos três agentes envolvidos no incidente foi despedido. Os manifestantes reclamam há semanas que os três sejam acusados de homicídio.
O caso originou protestos contra o racismo e a violência policial, tal como aconteceria em maio com o homicídio de George Floyd, em Minneapolis.
Além da morte do afroamericano de 46 anos, os manifestantes evocam também com frequência a morte de Breonna Taylor, além de Ahmaud Arbery, alvejado enquanto fazia 'jogging', e de Rayshard Brooks, morto durante uma detenção policial.
George Floyd morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas e em todo o mundo.