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As urnas abriram hoje, às 07:00 (05:00 em Lisboa), em Moçambique para as eleições autárquicas que abrangem 53 municípios no país, num ambiente, até agora, de geral tranquilidade.
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Hoje, foi concedida tolerância de ponto para que os eleitores possam dirigir-se às mesas de voto, que vão estar abertas até às 18:00 (16:00 em Lisboa).
Cerca de três milhões de eleitores dos 53 municípios de Moçambique estão recenseados para estas eleições municipais, as quartas do género na história do país, ensombradas pelo boicote da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique.
Entrevistado ontem pela TSF, o porta-voz da Renamo, disse que não queria prever o que pode acontecer neste dia de eleições, mas sublinhou que os moçambicanos não são normalmente violentos. Fernando mazanga garantiu também que a Renamo não tem qualquer plano para travar a ida às urnas.
Também à TSF, o embaixador de Portugal em Maputo espera que as eleições decorram sem problemas. José Augusto Duarte diz que em todo o caso a representação diplomática vai manter-se vigilante.
No escrutínio, participam 18 partidos, grupos de cidadãos e associações, para a eleição de edis e membros das assembleias municipais.
Apenas a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior força política do país concorrem em todos os 53 municípios.
No escrutínio, apenas têm direito a voto eleitores residentes nas cidades e vilas com estatuto de município, localizados num total de 53 distritos, exigência que coloca de fora da votação mais de dois terços dos eleitores nas últimas eleições gerais (presidenciais e legislativas), realizadas em 2009.
Nesse sentido, 75 distritos vão ficar de fora do escrutínio, uma vez que não têm sob jurisdição administrativa nem cidade nem vila com estatuto de município.
Para as eleições gerais de 2009, estavam inscritos mais de 9,8 milhões de eleitores, contra os 3,05 milhões de eleitores registados para as eleições municipais de quarta-feira.