Dilma diz que economias emergentes devem ajudar países desenvolvidos a sair da crise
A Presidente Dilma Rousseff defendeu, perante os líderes mundiais, na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU que os países emergentes devem ajudar os países desenvolvidos a sair da crise.
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«Como outros países emergentes, o Brasil tem sido até agora menos afectado pela crise mundial, mas sabemos que a nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos e podemos ajudar enquanto há tempo os países onde a crise já é aguda», afirmou a Presidente brasileira, após destacar a «representatividade» para o cenário internacional de que esta declaração seja feita pela voz de uma mulher, líder de um país em desenvolvimento.
Sem mencionar culpados, Dilma defendeu que a busca de soluções deve ser feita em conjunto e pediu maior peso dos países emergentes na tomada de decisões.
«Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam com a responsabilidade maior, na condução do processo. Mas como todos sofrem com as consequências da crise, todos têm o direito de participar das soluções», defendeu.
Ao mencionar o quadro de recessão eminente de algumas nações mais avançadas, Dilma defendeu que a prioridade da economia mundial neste momento deve ser ajudar aqueles países que sofrem com problemas de dívida pública.
«Está claro que a prioridade da economia mundial neste momento deve ser solucionar o problema dos países em crise de dívida soberana e reverter o presente quadro recessivo. Os países mais desenvolvidos precisam praticar políticas coordenadas de estímulo às economias extremamente debilitadas pela crise e os países emergentes podem ajudar», reforçou.
A Presidente brasileira voltou a realçar que o motivo da crise não é a falta de recursos financeiros, mas de decisões políticas eficazes para o seu controle.