A Presidente cancelou o discurso que previsto para esta noite e que seria obrigatoriamente emitido em todas as rádios e canais de TV. No passado, as comunicações de Dilma foram alvo de um "panelaço".
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Segundo os assessores do Governo, o discurso tinha sido planeado pela Secretaria de Comunicação (Secom), mas agora está a ser reavaliado e pode ocorrer no sábado ou apenas na Internet.
À TSF, o jornalista Júlio Lubianco lembra que nas últimas comunicações que fez na rede nacional, Dilma Rousseff foi alvo de um "panelaço". O jornalista admite que o Palácio do Planalto tema um novo protesto deste tipo.
No vídeo que já foi gravado, a Presidente reafirma que não existe crime de responsabilidade que justifique a sua destituição.
Dilma Rousseff é acusada de ter violado as leis fiscais do Brasil por executar manobras, denominadas "pedaladas fiscais", para aumentar as receitas do Governo e autorizar despesas sem o consentimento do Congresso.
Hoje à tarde, hora local, o partido político Solidariedade entrou na Justiça com uma providência cautelar para impedir o discurso, alegando que não havia justificação para a iniciativa, que seria usada para fins pessoais e não em benefício do país, alegou ainda aquela formação política.
A providência cautelar não foi ainda analisada pelo juiz que recebeu o pedido.
No domingo, haverá uma votação no plenário da Câmara dos Deputados que decidirá se as acusações contra a chefe de Estado terão andamento.
Caso seja aprovada por 342 deputados, de um total de 513 parlamentares, a denúncia é encaminhada para o Senado onde será votada no inicio de maio. Se esta denuncia for aprovada, Dilma será acusada e afastada do cargo por 180 dias findo os quais se ficará a conhecer se ela foi considerada culpada e definitivamente afastada ou se foi absolvida e, nesse caso, poderá retomar a Presidência.