Afastada há 40 dias da presidência, Dilma Rousseff reafirma que não cometeu nenhum crime e diz que o Brasil está a ser vítima de políticos, que querem travar as investigações contra a corrupção.
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Dilma Rousseff diz que "há um golpe em curso no Brasil".
Em entrevista ao Jornal i, afirma que um grupo de políticos envolvidos em casos de corrupção percebeu que, enquanto estivesse à frente da presidência, não conseguiriam impedir o avanço das investigações.
Dilma Rousseff afirma que foi montado um processo de destituição fraudulento, para interromper o mandato de "uma presidente honesta" e reafirma que não cometeu qualquer crime.
Questionada sobre as mudanças e medidas do presidente interino, que já nomeou e reformulou vários ministérios e implementou diversas reformas, Dilma Rousseff afirma que Michael Temmer quer implementar uma agenda para o Brasil, que não foi aprovada pela população e que diz tratar-se de "uma traição ao programa de governo".
Primeira mulher a assumir a presidência do Brasil, Dilma Rousseff defende que estar sob a liderança e receber ordens de uma mulher ainda incomoda e perturba a sociedade.
Com olhos no futuro, afirma que a prioridade é defender a democracia contra o que diz ser "o golpe em curso, que feriu as instituições e afetou o já deteriorado sistema político".
Reafirma que não cometeu nenhum crime e que assim que regressar à presidência vai retomar o programa de governo e colocar o país na rota do crescimento.