O anúncio foi feito pela ministra da Imigração e dá sequência ao que foi acordado entre o Governo e o partido de extrema-direita.
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A Dinamarca quer enviar os migrantes "indesejados" para uma ilha remota, que abriga atualmente estábulos, laboratórios e crematórios de um centro de investigação de doenças contagiosas de animais.
O anúncio foi feito pela ministra da Imigração, Inger Stojberg, através do Facebook e dá sequência ao acordo alcançado entre o Governo e a extrema-direita do Partido do Povo.
"Se é indesejado na sociedade dinamarquesa, não deve ser incómodo para os dinamarqueses. Os migrantes que são condenados por infrações penais, lei de armas, tráfico de drogas, entre outras, serão movidos para a ilha de Lindholm. Eles são indesejados na Dinamarca e vão sentir isso", escreveu a governante.
Na sexta-feira, o executivo de centro-direita chegou a acordo com a extrema-direita para transferir cerca de 100 migrantes que tenham cometido crimes mas que não podem voltar para os países de origem.
A medida foi prontamente criticada pela oposição, com o partido Alternativa a descrever a proposta como um "colapso humanitário". "As políticas desumanas estão criar uma Dinamarca completamente diferente da Dinamarca que eu amo", disse o Uffe Elbæk.
Nos últimos anos, apesar da população ser maioritariamente de origem dinamarquesa, a imigração aumentou. O número de refugiados e imigrantes de países como o Afeganistão e a Síria cresceu significativamente.