Neste referendo estarão em causa as questões judiciais e policiais.
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Os dinamarqueses estão hoje a votar em mais um referendo sobre a União Europeia, desta vez para decidirem se aceitam ou não a soberania de Bruxelas para as questões judiciais e policiais. As sondagens apontam para uma reviravolta da opinião pública nos últimos 3 dias, com a perspetiva real de uma derrota euroentusiasta depois de meses consecutivos de larga vantagem para o SIM.
Os Dinamarqueses vão dizer sim ou não à aceitação pela Dinamarca das políticas europeias sobre assuntos policiais e judiciais.
Um sim implica uma clara cedência de soberania a Bruxelas, o que só pode ser aprovado por uma maioria de 5/6 no Parlamento ou por, neste caso, referendo.
A Dinamarca goza de uma exceção permanente à politica europeia comum judicial e policial, o que na prática significa que os dinamarqueses não estão obrigados a aceitar as diretivas europeias ou acórdãos do Tribunal Europeu em áreas tão diversas como criminalidade, cooperação policial, refugiados, divórcio, falências ou herança.
O referendo foi convocado pelo governo conservador em março, numa altura em que as sondagens davam 2/3 de vantagem aos defensores do sim, com o argumento de que um Sim era necessário para a Dinamarca permanecer na Europol. A campanha do não, alerta que a experiência mostra que Bruxelas só deixa fazer referendos até se obter sim, e que o argumento de expulsão da Dinamarca da Europol é pura fantasia euroentusiasta, apontando o exemplo da Noruega, país que está fora da União, mas participa sem problemas na Europol.