O presidente da Comissão Europeia anunciou hoje que 23 mil crianças vítimas de guerras e conflitos serão ajudadas com o dinheiro do Nobel da Paz atribuído à União Europeia (UE).
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Numa cerimónia na sede do executivo comunitário, Durão Barroso anunciou que os 930 mil euros do Nobel da Paz, que a Comissão Europeia aceitou oficialmente em nome da UE e que decidiu aumentar para dois milhões de euros, serão oferecidos às crianças mais necessitadas.
A UE financiará assim quatro projetos abrangidos pela iniciativa "Crianças da Paz".
A iniciativa vai abranger cerca de 4000 crianças sírias refugiadas em campos na fronteira entre o Iraque e a Síria, mais de 5000 crianças colombianas, a maioria delas refugiada no Equador, 11 mil crianças congolesas deslocadas da parte oriental da República Democrática do Congo e refugiadas na Etiópia, e, por fim, 3000 crianças paquistanesas que vivem na região do norte do Paquistão afetada por um conflito.
A decisão de doar o dinheiro foi decidida por unanimidade pelos presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
«Era evidente para nós que o dinheiro do Prémio Nobel da Paz devia ser direcionado para os mais vulneráveis, que também são, muitas vezes, os mais afetados pelas guerras: as crianças de todo o mundo», declarou Durão Barroso, segundo o qual «todos os rapazes e raparigas do mundo devem ter a oportunidade de desenvolver os seus talentos», também porque «promover a educação contribui igualmente para obter uma paz duradoura».
Recorde-se que a 10 de dezembro, a UE recebeu o prémio Nobel da Paz de 2012 por ter contribuído durante mais de seis décadas para a promoção da paz e da reconciliação, a democracia e os direitos humanos na Europa.