A oposição de centro-direita obteve a vitória nas eleições legislativas de sábado na Islândia, mostrando que os eleitores puniram a coligação de esquerda, no poder desde 2009.
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O Partido da Independência (Direita) obteve 26,7% dos votos, o que corresponde a 19 lugares no Parlamento. O líder da oposição, o conservador Bjarni Benediktsson, deverá agora procurar governar com o apoio do Partido do Progresso (Centrista e agrário) que obteve 24,4% dos votos e também 19 deputados.
Os partidos do governo de esquerda cessante perdem metade dos deputados. A Aliança (sociais-democratas) cai para 12,9%, o que equivale a nove lugares, enquanto o seu aliado, Movimento esquerda-verde, obtém 10,9%, ou seja sete assentos.
Há ainda a registar a entrada no parlamento de dois novos partidos: o Futuro Radioso (pró-UE) obteve seis lugares com 8,2% dos votos e o Partido Pirata (libertário) é o primeiro do género a ganhar espaço num parlamento nacional, com 5,1% dos votos e três deputados.
Apesar de um ceticismo generalizado entre a população no que diz respeito à classe política, a participação alcançou os 83,3%. A tarefa de escolher o primeiro líder partidário a tentar formar governo cabe ao presidente da República, que tradicionalmente escolhe o dirigente do partido mais votado.
A vitória do centro-direita enterra muito provavelmente a candidatura da Islândia à União Europeia, lançada em 2009, à qual os dois partidos se opõem.
Os dois partidos vencedores são os mesmos que presidiram à liberalização do setor financeiro, cuja falência, em 2008, mergulhou a Islândia na recessão.
A economia islandesa saiu da recessão e do desemprego. Atualmente a taxa de desemprego é inferior a 5% e a taxa de crescimento em 2012 foi de 1,6%.