Diretor de hospital em Londres admite demitir profissionais não vacinados contra a Covid-19
Dos 14 mil funcionários do Hospital King's College, 10% não estão vacinados contra a doença.
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O diretor de um dos maiores hospitais de Londres, no Reino Unido, admite despedir os profissionais de saúde que optem por não tomar a vacina contra a Covid-19.
Trata-se do prestigiado Hospital King's College, que tem 14 mil funcionários. Até agora, 10% ainda não tomaram qualquer vacina contra o SARS-CoV-2.
Clive Kay, diretor do Hospital King's College, assegura que a vacinação não é obrigatória, mas que continuar a recusar a vacina poderá, em última instância, levar ao despedimento.
"Não é obrigatório, que fique claro que não são obrigados a vacinarem-se, são encorajados a fazer. Mas, sim, há a hipótese de quem não quiser, então pode ser deslocado ou demitido se não conseguirmos encontrar outro local", afirma, em declarações à BBC.
A polémica surgiu durante uma visita do ministro da Saúde britânico a este hospital. Um médico queixou-se de que estava a ser ameaçado de despedimento por recusar vacinar-se, dado que não considera que a ciência seja suficientemente robusta a demonstrar que a vacina é segura e eficaz.
Segundo dados do serviço de saúde, no sábado, o Reino Unido registou 313 mortes por Covid-19, elevando o número total de óbitos para 150.057 desde o início da pandemia.
Relativamente aos casos de infeção, que nas últimas semanas aumentaram com a propagação da variante Ómicron, o país verifica agora uma diminuição desde há vários dias, contabilizando 146.390 casos nas últimas 24 horas, de acordo informação divulgada pelo Governo.
Segundo os dados de sábado, há 18.454 pessoas internadas nos hospitais, número que é inferior ao registado nas anteriores vagas da Covid-19, mas ainda assim continua a ser muito forte a pressão sobre o sistema de saúde.
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