Elizardo Sánchez considera "muito importante" a visita de Obama para a "normalização das relações bilaterais", mas não acredita que Havana aceite interferências em assuntos internos.
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O coordenador da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional Cubana diz, em declarações à TSF, que o governo do seu país "aproveita-se do processo de normalização" das relações com os Estados Unidos. "Vai fazê-lo através do seu grande aparelho de propaganda interna e internacional".
Mesmo assim, Elizardo Sánchez não vê motivos para criticar a visita de Barack Obama. "Porquê criticar se o presidente Nixon foi a Pequim estender a mão a Mao Tsé-Tung, um ditador sanguinário?".
Elizardo Sánchez considera que Cuba tem, em matéria de Direitos Humanos, "a pior situação de toda a América Latina. O governo continua a violar de forma minuciosa todos os direitos civis e políticos".
O ativista dos Direitos Humanos admite, na entrevista à TSF, que "houve mudanças a nível administrativo. Permitiram que as pessoas trabalhem por sua conta em pequenos negócios familiares. Também permitiram que os dissidentes possam viajar para o estrangeiro com direito de regresso. Mas, em Cuba não ocorreu nenhuma reforma" e "as medidas administrativas podem ser revertidas da noite para o dia".
Elizardo Sánchez foi um dos ativistas convidados para se reunir com Obama nesta visita do presidente norte-americano a Cuba.