Os distúrbios ocorridos durante a manifestação de Indignados, no sábado, provocaram 135 feridos, incluindo 105 polícias, e prejuízos superiores a um milhão de euros.
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O número foi avançado este domingo pelas autoridades italianas, num balanço dos distúrbios mais graves das últimas décadas na capital italiana.
Entre os 30 manifestantes feridos, dois ficaram com dedos amputados devido à explosão de bombas fumegantes, disse uma fonte oficial à agência italiana Ansa, citada pela AFP.
«Devemos agir com a firmeza adequada perante esta brutalidade», declarou o presidente da câmara de Roma, Gianni Alemanno, que visitou a zona da capital mais afectada pela violência, na Praça São João de Latrão.
Alemanno disse que a estimativa dos prejuízos em propriedades públicas ascende a um milhão de euros, faltando ainda avaliar os estragos em propriedades privadas, e adiantou que a cidade vai pedir a ajuda do Estado para compensar os lesados.
O presidente da câmara de Roma disse também que a cidade vai levar a tribunal 12 manifestantes detidos pela polícia, mas adiantou que não serão efectuadas mais prisões a partir dos vídeos feitos pelas autoridades durante os processos.
Horas antes, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, tinha prometido punir os manifestantes que causaram os distúrbios e considerou a violência registada no sábado como «um sinal preocupante».
Alguns dos manifestantes incendiaram veículos e um depósito do Exército no centro da cidade, além de terem partido vidros e montras de bancos e lojas.
Os confrontos na zona da Praça de São João de Latrão duraram cerca de quatro horas e a polícia usou gás lacrimogéneo e canhões de água para conter os manifestantes.
Roma não tinha problemas de violência desta dimensão desde os confrontos entre forças da ordem e militantes políticos nos anos de 1970 e 1980, que provocaram vários mortos.