Após o anúncio do novo governo timorense, registaram-se distúrbios que levaram à intervenção das forças de segurança. A situação entretanto foi controlada, confirmou a GNR.
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Apedrejamentos, cortes de estrada, carros queimados e alguns feridos em Díli, Viqueque e Baucau marcaram o anúncio do novo governo timorense feito esta domingo.
Ouvido pela TSF, o comandante do subagrupamento Alfa em Díli explicou que o facto de a Fretilin não ter sido incluída na coligação governamental poderá ter estado na base de «alguma controvérsia».
«Há registo do lançamento de pedras. A Polícia Nacional de Timor-Leste reagiu de imediato e nós apoiamos com a força da GNR», acrescentou o capitão Jorge Barradas, que confirmou que a polícia timorense chegou a disparar tiros.
Este capitão da GNR explicou que a polícia timorense conseguiu desta forma resolver algumas «situações mais complicadas» e garantiu que agora tudo está controlado.
O capitão Jorge Barradas adiantou ainda que as forças de segurança se vão manter em «patrulhamento» e que foram removidas da estradas algumas pedras e pneus que estavam a fazer uma espécie de barricada, tendo sido reposta a circulação.
Durante os confrontos, a GNR teve «sempre um pelotão em intervenção e dois de reserva» não tendo sido fácil encontrar os responsáveis pelos incidentes, uma vez que muitas vezes eles já lá não estavam quando as forças de segurança chegavam.
Dionísio Babo, do Conselho Nacional da Resistência Timorense, partido a que pertence Xanana Gusmão, confirmou, por seu lado, que um «grupo de jovens esteve nas ruas a apedrejar carros e, segundo informação da polícia, 58 carros foram destruídos».
Em declarações à agência Lusa, este elemento do CNRT adiantou que «três ou quatro pessoas foram hospitalizadas» e que agora tido está mais calmo.