O jornal Irish Times revela, num mapa, que a Mossack Fonseca tem (ou teve ao longo dos anos) 23 clientes portugueses e que 34 pessoas com morada em Portugal têm contas em offshores.
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Há 23 clientes do escritório de advogados panamiano Mossack Fonseca que residem em Portugal. A investigação, denominada "Panama Papers", que se traduz por "Documentos do Panamá", encontrou 244 empresas com sede em Portugal nestes Documentos. Nos 11 milhões e meio de papéis, encontram-se 34 "beneficiários" de offshores, revela o jornal Irish Times, que há um ano estuda os dados. Há ainda referência a 255 "accionistas" ligados de alguma forma a Portugal.
Aqui pode ver o mapa criado pelo Irish Times, jornal irlandês que é associado do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.
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Quanto à identidade destes portugueses, nada se sabe, à exceção de um. Idalécio Oliveira, empresário de Vouzela.
Os "Documentos do Panamá" são mais de 11 milhões de ficheiros (2,6 terabytes de dados) da base de dados da empresa Mossack Fonseca, uma firma de advogados com sede no Panamá que cria empresas offshore. Estes documentos revelam os esquemas usados por líderes mundiais e milionários para fugir ao fisco. São relevados dados de mais de 200 mil empresas e 140 políticos, entre os quais 12 atuais ou antigos chefes de Estado ou de Governo em mais de 200 países de todo o mundo. Entre os ficheiros que cobrem um período de quase 40 anos (1977 - 2015), estão emails, relatórios financeiros, comprovativos de transferências bancárias, passaportes e registos empresariais. O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação fala de "uma das maiores fugas de informação de sempre".