Mauricio Macri é um dos políticos que aparece nos documentos como diretor da empresa Fleg Trading. O presidente da Argentina garante que foi uma operação legal.
Corpo do artigo
Numa entrevista ao jornal La Voz del Interior, Mauricio Macri disse que "não houve nada de estranho" na constituição desta empresa. "No caso particular que a mim me compete, é uma operação legal, feita por outra pessoa, constituindo uma sociedade offshore para investir no Brasil, um investimento que finalmente não foi feito enquanto eu fui diretor".
Mauricio Macri é mencionado com o pai nos "Documentos do Panamá". O chefe de Estado argentino, que assumiu a presidência em dezembro passado, explicou que a sociedade, constituída nas Bahamas, deixou de operar em 2008 "porque não realizou o investimento" planeado no Brasil.
"Não há nada de estranho nessa operação", insistiu Macri, garantindo que a mesma foi declarada na Direção Geral de Impostos da Argentina porque o seu pai criou essa sociedade "com recursos genuínos que tinha na Argentina".
Por sua vez, Franco Macri disse que o seu filho mais velho não teve participação no capital da Fleg Trading, empresa que aparece mencionada nos "Papéis do Panamá".
Franco Macri disse em comunicado que essa sociedade era propriedade sua e que foi "devidamente declarada perante as autoridades competentes, em especial, às autoridades fiscais na República Argentina".
A maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo, envolve o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, com sede em Washington, e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.