O presidente da Câmara do Comércio Luso-Panamiana defende que o país se viu envolvido neste escândalo por acaso. A maior parte das "offshore" envolvidas são britânicas.
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O Panamá só aparece envolvido no recente escândalo por um acaso. O presidente da Câmara de Comércio Luso-Panamiana, Carlos Raposo, diz "que isto tem a ver com uma empresa de advogados do Panamá que monta operações em offshores que são quase todas elas detidas pelos britânicos".
Carlos Raposo vive no Panamá há mais de quatro anos e garante que o país está longe de ter um sistema que facilite a fuga aos impostos; "abrir uma conta para poder trabalhar aqui no Panamá não é fácil. Não se pode chegar aqui com o dinheiro, abrir uma conta e está resolvido. De forma nenhuma".
Acrescenta que o sistema fiscal nem sequer é particularmente atrativo. "A tributação é de 25% sobre os resultados e não há transferência de prejuízos. Está assente no sistema americano".
Carlos Raposo defende que o Panamá é atrativo, mas por causa da sua localização e também porque "é um dos países mais seguros da América Latina".
As relações económicas entre Portugal e o Panamá, diz o presidente da Câmara do Comércio, são pouco relevantes porque o mercado é pequeno. O país tem menos de quatro milhões de habitantes.