Foram detidos no Egito no momento em que se preparavam para roubar antiguidades substituindo-as por cópias, anunciou hoje o ministério das Antiguidades.
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Durante a revolta popular de 2011 que depôs Hosni Mubarak, muitas peças de valor incalculável do património egípcio foram danificadas, destruídas ou roubadas e depois ilegalmente retiradas do país.
Milhares de obras reapareceram, em seguida, no mercado internacional, em 'sites' da internet e em leilões.
O ministério das Antiguidades egípcio explicou em comunicado que uma investigação policial foi aberta após a descoberta do roubo de antiguidades do acervo do Museu Nacional da Civilização Egípcia, situado no velho Cairo islâmico, que ainda não reabriu.
As peças foram, depois, colocadas à venda em leilão em Londres, segundo o comunicado.
"Esta investigação permitiu a detenção de dois funcionários do museu", quando se preparavam para substituir duas peças antigas por cópias", de acordo com a mesma fonte: uma estátua representando o faraó Miquerinos, que reinou há perto de 4.500 anos, bem como uma lanterna de vidro datada da era Mameluco.
O ministério anunciou igualmente a formação de uma comissão para inventariar o acervo do museu, em cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que tem por objetivo apresentar "a civilização egípcia dos tempos pré-históricos aos nossos dias", segundo a agência especializada da ONU.