É quase esse o número de espanhóis, residentes no estrangeiro, que podem votar. É também o nome da plataforma apartidária criada para pedir a simplificação do voto para quem vive fora do país.
Corpo do artigo
A data limite era até dia 18 (Sexta-feira) mas a entidade oficial que coordena as eleições em Espanha (Junta Electoral Central) decidiu alargar o prazo para que os espanhóis que residem no estrangeiro possam votar. Têm até este domingo. Essa era um dos pedidos da plataforma DosMillonesDeVotos (dois milhões de votos) criada por um conjunto de cidadãos, entre eles o Juiz Baltazar Garzón.
Tudo começou com uma alteração da lei, há quatro anos, que impediu muitos espanhóis residentes no estrangeiro de votarem nas ultimas eleições europeias. Antes, explica Juan Puig de la Bellacasa "para que os espanhóis residentes no estrangeiro pudessem votar, só lhes era exigido estarem inscritos no consulado. Chegavam os documentos pelo correio, preenchiam e votavam. A partir de 2011 o voto passou a ter de ser rogado, e isso o que significa? Significa que o voto tem de ser solicitado."
As burocracias são muitas, os prazos apertados, e muitos acabam por não votar. Juan Puig de la Bellacasa é um dos elementos que integra a plataforma dos DosMillonesDeVotos. "Sabíamos com certeza que mudar a lei antes das eleições era impossível, não era viável. Mas queríamos dar conta desta situação à opinião pública para desta forma sensibilizar os partidos políticos", diz o magistrado.
Este grupo de cidadãos que quer a lei, aprovada em 2011 com a luz verde do PP e do PSOE seja alterada. "Devem ter a ideia de que quem está no estrangeiro está chateado com o executivo que está a governar e que, quando for votar, não o vai fazer no partido que governa mas sim nos partidos da oposição."
A plataforma pode ser consultada em http://www.dosmillonesdevotos.org.